Hoje apetece-me escrever sobre os indignados do Facebook.
Todos os dias há uma indignação nova, é a loucura!
Não há lugar para aborrecimentos na terra dos indignados porque todos os dias arranjam uma nova! Uma maravilha.
Por piada, quando acordo vou espreitar com o que estamos zangados naquele dia e confesso que me divirto muitas vezes.
E há-as para todos os gostos. Não escolhe idades, credos, partidos, cores; se bem que há indignações que são recorrentes porque as pessoas têm de ter os seus ódios de estimação.
Uma vez caí no erro de fazer um comentário numa notícia do DN, se não estou em erro. Apareceu-me um indignado profissional que independentemente do que pudesse dizer, odiava-me muito e com muita força. Acabei por apagar aquilo e aprendi a lição. Não dou mais para o peditório dos esgotos a céu aberto, que são as caixas de comentários da nossa imprensa.
O José Mário Branco cantava sobre “Inquietação” e no quanto ela deve ser uma força que nos move para a luta, mas essa inquietação nada tem a ver com estas indignações. Estas vêm e vão como modas que são. Modas passageiras.
Um Pray for é algo que a todos fica bem, mas levantar o rabinho do sofá é que é mais complicado.
Já os Da Weasel escreviam sobre isto em 1997, com a música “Toda a gente”.
O contexto era diferente, mas vai dar ao mesmo.
Haja paciência.
Indignações, leva-as o vento.
