E o drama que é encontrar um cabeleireiro?
Um drama! E já me aconteceu de tudo.
Lembro-me de uma vez, em miúda, que desatei a chorar ainda em frente à cabeleireira depois de ela me perguntar se gostei. A senhora nem sabia onde se enfiar, coitada, mas a verdade é que eu estava infeliz! Ora, eu olhei para o espelho, odiei o que estava reflectido e sempre me disseram que não se deve mentir… Ela quis saber e soube logo ali! Ainda a pergunta não estava completa e já eu estava a chorar! Foi um momento bem bonito! #sqn
Gosto quando me sentam em frente ao espelho antes de começar a trabalhar para verem as taras e manias do cabelo, mas nem todos o fazem. E quando o fazem nem sempre é sinal que vai correr bem. Não digo que o problema é deles, aposto mais que o problema é meu, mas sofro muito!
Tive duas boas experiências. Uma quando morava em Londres e como não tinha guita, fui a uma daquelas academias em que eles nos cortam o cabelo para treinarem. Fui uma cobaia e nunca gostei tanto do resultado final. Tony and Guy era o nome e bastava marcar para nos cortarem, pintarem ou fazer o que quiséssemos. Era troca por troca, eles ganhavam experiência e nós fazíamos a coisa de borla. Podia ter corrido muito mal, mas correu tão bem que até hoje me arrependo de não ter metido conversa com a moça. Poderia ser portuguesa e agora estar a trabalhar perto de mim. Enfim.
A outra vez que correu muito bem foi já nas Caldas. A senhora passou horas comigo e com o meu cabelo. Viu exactamente o que me poderia funcionar em mim e assim fez. Foi um corte arrojado, mas que eu adorei. A senhora reformou-se de cabeleireira e teve de procurar outras coisas para fazer e eu fiquei sem cabeleireira novamente.
Agora, e depois de muitas desgraças ou reacções apenas de: “Nem está bom nem está mau…” sou eu que corto a minha franja e qualquer dia aventuro-me a cortar o resto. Vai ser lindo! Ou não.